Flotilha para Gaza Sofre Segundo Ataque com Drones na Tunísia: O que Está por Trás da Tensão

A Global Sumud Flotilla, coalizão internacional que tenta romper o bloqueio israelense contra Gaza, denunciou o segundo ataque com drones em menos de 24 horas contra seus navios, desta vez enquanto atracados no porto tunisiano de Sidi Bou Said. Embora não tenham ocorrido feridos, os incidentes reacendem o debate sobre a segurança das missões humanitárias em meio à guerra em Gaza.

O Que Aconteceu

Na noite de quarta-feira (10 de setembro de 2025), um drone teria lançado um dispositivo incendiário sobre o convés de um dos barcos da flotilha, o britânico Alma, provocando um incêndio rapidamente controlado, sem vítimas — segundo a própria GSF (Reuters, AP News).
Este segundo ataque ocorre uma noite após uma embarcação portuguesa da flotilha, chamada Family, ter sofrido explosão similar provocada por drone no mesmo local (AP News, Wikipedia).

Confronto de Narrativas

• Flotilha/Gerência da Missão: A GSF acusa Israel de orquestrar os ataques como forma de intimidar sua missão humanitária, que reúne delegações de cerca de 44 países, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg (Reuters, Wikipedia).

• Autoridades Tunisianas: O governo mantém posição contrária, classificando as denúncias como infundadas e atribuindo os incêndios a causas internas, como uma colilla ou equipamento inflamável, sem indícios de drone (Reuters, NYPost).

• ONU e Especialistas: A relatora especial da ONU para os Territórios Palestinos, Francesca Albanese, compartilhou vídeos das chamas e indicou que a presença de um dispositivo danificado fornece indício de ataque deliberado (The Guardian, AP News).

Motivações e Riscos Geopolíticos

Esses ataques acontecem em meio à intensificação da ofensiva israelense em Gaza, marcada por bloqueios severos e crise humanitária. A flotilha representa uma ação simbólica e pacífica em resposta ao cerco contínuo ao enclave (Reuters, AP News, Wikipedia).
Além disso, incidentes similares já ocorreram no passado — como em maio de 2025, quando um dos navios da Freedom Flotilla sofreu ataque por drones próximos a Malta (Wikipédia).

Conclusão

O relato de um segundo ataque a drone contra navios da flotilha reafirma os perigos enfrentados por iniciativas humanitárias no contexto do conflito israelense-palestino. A GSF reafirma sua missão de continuar, enquanto autoridades tunisinas negam qualquer evidência de drones. O episódio coloca em evidência os desafios de navegar entre diplomacia, direitos humanos e segurança global em tempos de guerra.