“Empréstimo com Bolsa Família em 2025: Como Funciona o Programa Acredita, Requisitos e Valores”
Nos últimos anos, milhões de famílias brasileiras que dependem do Bolsa Família e estão inscritas no CadÚnico têm buscado formas de conquistar maior autonomia financeira. Em 2025, o governo federal lançou o Programa Acredita, que inclui uma modalidade de crédito voltada especialmente para esse público. A novidade está movimentando o debate sobre inclusão financeira, já que oferece até R$ 21 mil em empréstimos para pequenos empreendedores e famílias em situação de vulnerabilidade.
Neste artigo, você vai entender em detalhes como funciona o empréstimo com Bolsa Família em 2025, quem pode solicitar, quais os bancos parceiros, valores, taxas, riscos e como dar entrada no crédito de forma segura.
O que é o Programa Acredita?
O Programa Acredita foi criado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) com o objetivo de ampliar o acesso ao microcrédito produtivo orientado. Diferente de empréstimos comuns, esse modelo vem acompanhado de orientação técnica e capacitação, ajudando famílias a transformar o recurso em uma fonte de renda sustentável.
O programa é dividido em quatro eixos principais:
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Acredita no Primeiro Passo – voltado para pessoas inscritas no CadÚnico, especialmente beneficiários do Bolsa Família.
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Acredita no seu Negócio – foca em microempreendedores individuais (MEIs).
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Eco Invest Brasil – direcionado a projetos de impacto ambiental.
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Mercado Secundário Imobiliário – voltado para habitação popular e financiamento habitacional.
O foco aqui é o Primeiro Passo, que traz acesso a crédito de até R$ 21 mil, com prazos mais longos e juros mais baixos que os do mercado tradicional.
Quem pode solicitar o empréstimo do Bolsa Família?
O crédito está disponível para famílias e empreendedores que se encaixem em alguns critérios:
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Estar inscrito no CadÚnico com cadastro atualizado.
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Ser beneficiário do Bolsa Família ou de outro programa de transferência de renda.
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Ter interesse em iniciar ou expandir uma atividade produtiva, seja no campo ou na cidade.
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Público-alvo principal: mulheres empreendedoras, pequenos produtores rurais, artesãos, prestadores de serviços e MEIs em situação de vulnerabilidade.
Ou seja, o empréstimo não é para consumo imediato, mas para investir em negócios que possam gerar renda e ajudar a família a depender menos dos auxílios.
Quais os valores e condições do crédito?
Um dos grandes atrativos do novo empréstimo é a possibilidade de valores mais altos e prazos diferenciados. Veja os principais pontos:
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Valor liberado: até R$ 21 mil para famílias e empreendedores de baixa renda.
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MEIs: podem ter acesso a até 30% do faturamento anual como crédito.
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Prazo de pagamento: até 36 meses, com possibilidade de carência de 6 meses.
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Taxas de juros: menores que as praticadas no mercado, variando de acordo com o banco parceiro.
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Finalidade: exclusivo para atividades produtivas — como compra de equipamentos, insumos, matéria-prima ou expansão do negócio.
Esse modelo busca evitar o endividamento para consumo, que foi um dos problemas do antigo consignado do Auxílio Brasil, suspenso em 2023.
Onde solicitar o empréstimo?
O crédito pode ser solicitado em instituições financeiras parceiras do governo federal. Entre elas estão:
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Banco do Nordeste
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Banco da Amazônia
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Banpará (Banco do Estado do Pará)
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Caixa Econômica Federal
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Banco do Brasil
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Cooperativas de crédito como Sicoob, Sicredi e Cresol
Além dos bancos, as famílias podem buscar informações e orientações em CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), que funcionam como pontos de apoio na comunidade.
Comparação com empréstimos passados
É importante entender que esse não é o mesmo empréstimo consignado que chegou a ser oferecido em 2022 e 2023 para beneficiários do Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família). Na época, muitas famílias se endividaram porque o crédito era descontado diretamente do benefício, reduzindo a renda mínima necessária para despesas básicas.
O novo modelo tem diferenças significativas:
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Não há desconto direto no benefício.
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O crédito é voltado para empreendedorismo e geração de renda.
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Existe acompanhamento técnico para garantir que o valor seja aplicado de forma produtiva.
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Taxas e prazos mais acessíveis, reduzindo o risco de inadimplência.
Impactos esperados do programa
Segundo o governo, o Programa Acredita deve movimentar até R$ 12 bilhões em crédito nos próximos anos, beneficiando milhões de famílias em todo o país. Entre os impactos esperados estão:
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Estímulo ao empreendedorismo popular.
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Redução da dependência exclusiva do Bolsa Família.
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Autonomia financeira para mulheres e pequenos produtores.
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Fortalecimento da economia local, já que a maior parte dos recursos deve circular em pequenos negócios.
Ou seja, o objetivo vai além de conceder crédito: é criar condições para que famílias saiam gradualmente da situação de vulnerabilidade.
Cuidados antes de contratar
Mesmo sendo um programa social, é importante ter cautela antes de contratar o empréstimo. Veja alguns pontos de atenção:
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Não confunda crédito com benefício. O empréstimo precisa ser devolvido.
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Avalie sua capacidade de pagamento antes de assumir a dívida.
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Só faça o pedido se realmente tiver um plano para investir em algo que gere renda.
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Evite usar o dinheiro para despesas imediatas como contas de luz, aluguel ou compras do mês — isso pode comprometer o orçamento.
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Procure orientação no CRAS ou no banco parceiro antes de assinar qualquer contrato.
Passo a passo para solicitar o empréstimo do Bolsa Família
Se você se encaixa nos critérios e deseja solicitar, siga este caminho:
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Atualize seu CadÚnico no CRAS da sua cidade.
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Tenha uma ideia ou plano de negócio, mesmo que seja simples.
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Procure um banco parceiro ou cooperativa de crédito.
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Participe das capacitações oferecidas pelo Programa Acredita, que ajudam a estruturar o negócio.
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Aguarde a análise do banco e a aprovação do crédito.
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Use o recurso de forma planejada e produtiva, para garantir retorno financeiro.
Conclusão
O empréstimo com Bolsa Família em 2025, dentro do Programa Acredita, representa uma mudança significativa no acesso ao crédito para famílias de baixa renda. Diferente do consignado do passado, o foco agora está no desenvolvimento econômico e social, ajudando beneficiários a investir em atividades produtivas que podem mudar seu futuro.
Se você é beneficiário do Bolsa Família e pensa em empreender, essa pode ser uma oportunidade de transformar a vida da sua família. Mas lembre-se: trata-se de um crédito, e não de um benefício. Use com responsabilidade, faça um planejamento e aproveite a chance de conquistar mais independência financeira.

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